cio que precipita
hímen no ar
naquela nave mãe noite
quem não já
nu
nem de leve que leva o pingo
nem bate na terra
nem pensa
suspensa
nua
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
arma ama 3
arma
ama
bicho
que gera teia
pelo
alimento que ingere
sabe
o gosto da alfinetada
se
dopa envenenada
com
proteína própria
só
no balanço
do
vento mais forte
que
se
armadilha na seda
embriagada
pelo ar
arma ama 2
rede moinho
em cada pedaço de pouco
enclausurado
até a superfície do outro
prega o ponto e pronto
vai tecendo a rede
bicho tonto
que de tão leve
vai com o vento que viu
circular
e só ainda rodeia sem saber
voar
só sabe pelo o que faz
e faz porque viu
multiplicarem os raios
de sua engrenagem
inclinada vai tecendo
ao buraco na terra
terça-feira, 24 de setembro de 2013
arma ama 1
andam dizendo
que a modernidade é pós
que as redes estão interligadas
na amplitude intergaláctica
na sintonia perdida
mexida
e remexida
na farinha misturada do povo
que
que que
eu já não sei pra onde eu vou
aonde será
me diga
aonde
larguei
a minha alma
me diga
aonde larguei
a
minha alma?
pois você pensa que estou aqui
mas eu tô é lá
lá lá lá
que me leve
leve
para dentro
da particularidade da poeira
no meio do redemoinho
dia e hora marcada
carimbo no corpo
caindo corre
querendo carimbó
córrego veia
venha!
correndo do ventre
vem vi criar
a língua
limar a vogal
da sílaba tonica
navália da língua
lavada na vala
ecoando n'água
aruanda
alguma coisa
q'boa no limo
leva no ralo
o ralo moinho
moía no meio!
a língua
limar a vogal
da sílaba tonica
navália da língua
lavada na vala
ecoando n'água
aruanda
alguma coisa
q'boa no limo
leva no ralo
o ralo moinho
moía no meio!
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